Aquele emaranhado que conforta
Um canto com aconchego sem porta
Lugar onde nasce a vida
Pra onde sempre é possível voltar
Até quando se aprende a voar
Quero ser silêncio
Aquele espaço de atenção
O som entre a respiração
Momento de paz e repouso
Aquela energia que penetra a alma
Residência de toda calma
Quero ser mar
Um mundo dentro do outro
Por fora, onda gigante
Por dentro, imensa serenidade
Permitir mergulhos em mim
Não saber o que é começo nem fim
Queria ser você
Sentir meus lábios devagar
Envolver meu corpo feito mar
Escutar o silêncio do meu olhar
Fazer do meu peito ninho
Então nunca mais me sentir sozinho