domingo, 27 de dezembro de 2015

Lanterna dos afogados

Minha tolerância costuma ser grande. Mesmo quando algo me incomoda muito, penso mil vezes antes de tomar uma decisão definitiva. É como se as gotas fossem acumulando até o copo transbordar.

Na adolescência, esse fenômeno acontecia sem nenhum aviso e de forma abrupta. Hoje ele é mais controlado, pois consigo ao menos dar sinais de que estou chegando no limite.

Talvez as pessoas não acreditem, não dêem crédito ou mesmo não se importem. Mas quando chego lá, e "empino a carroça", ninguém desempina.

Talvez eu precise aprender a não estourar. Não transbordar. Não arrancar a página. Mas ainda não tenho essa virtude. Minha única arma é falar, expor meus sentimentos e torcer que do outro lado, o outro consiga perceber a dimensão do problema.

Tô esperando, vê se não vai demorar!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Fuso

Maravilha voltar pra casa depois de viajar. Até a poeira da casa fechada não incomoda, nem os alimentos que se perderam ou a geladeira vazia. Nem mesmo a reforma do prédio é tão chata que diminua a alegria de se sentir em casa.

Até mesmo os horários malucos de dormir e acordar são bons. Te fazem aproveitar o sono até o almoço econizando uma refeição, e depois te permitem ficar acordado na madrugada pensando na vida. Rsrs

Mais incrível ainda é rever a família. Não, natal não é meu dia preferido, mas tem seu valor. Especialmente ao abraçar as pessoas mais importantes da sua vida e relembrar as que estão distantes neste ou outro plano.

A vida não é só alegria. O Natal também não. Mas vale a pena experimentar a delícia e a dor de cada segundo desses dois, porque quem sabe quantos momentos perfeitamente imperfeitos teremos a felicidade de viver.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Férias

É de conhecimento público e notório que sou apaixonada por viajar. Conhecer e explorar o mundo me fazem crescer e me aproximam do meu ideal de pessoa grande, com visão do todo e pensamentos além do convencional.

E cada lugar, cada experiência, cada pessoa, cada sabor, cada som é um tijolo, e juntos formam novos alicerces. E quando me olho no espelho, mais do que pele bronzeada ou quilos a mais, vejo uma pessoa diferente, que se transformou ao absorver cada sentimento.

Sou muito grata por tudo que experimentei, por ter a saúde e recursos pra fazê-los, pela minha excelente companhia e especialmente pela vida.

Peço apenas que sempre que quando ocorrerem pensamentos egoístas de que existe alguém em situação mais favorável ou despertar o desejo de possuir o que não temos, eu seja capaz de compreender como sou abençoada por ter tudo que preciso.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Tempestade em copo d'água

Engraçado como algumas coisas acontecem pra nos mostrar algo que era evidente, mas preferimos ignorar.

É injusto ver que mesmo diante de empenho, dedicação e compromisso, os holofotes se voltam aos erros, que são tratados como tragédia grega.

O maior erro é não valorizar o que tem real importância nem utilizar equívocos como aprendizado. E há quem não perceba preso às regras, cegos pela mania de perfeição.

Mas como sempre digo: não existe tempo perdido, mas lição não aprendida. E a única coisa que eu posso fazer é minha parte. 

Nesse ponto, asseguro que aprendi e que isso seguramente refletirá no meu caminho. Um passo de cada vez, vou trilhá-lo e descobrir o que vem por aí. Que venha 2016!