quinta-feira, 30 de abril de 2015

Escolho a paz

Diante da ofensa, automaticamente respondemos à altura. Mas quando somos capazes de observar os acontecimentos sem reagir e criar um espaço antes da resposta, é possível perceber que o outro não está consciente naquela ocasião e que mesmo que estivesse, não vale o conflito.

Porém, diante do autocontrole, o ego te prega uma peça e reluta por ser dominado, pois se sentiu atacado e deseja vingança. Então ele tenta te convencer que você seria melhor se provasse sua razão. E aí você se vê diante da contradição de provar que você não precisa provar que está certo. 

Mas o único caminho para a paz de espírito é o da não-violência porque ódio só gera mais ódio, enquanto paz desperta a consciência adormecida.

Mesmo que leve tempo para adaptar o padrão de pensamento, escolho prosseguir nessa direção... sem arrependimentos! Porque desejo semear paz, colher compaixão, e consequentemente, viver na energia do amor. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Perdoar não é para o outro

Sou ingênua, confesso! Acredito na bondade coletiva e confio excessivamente nos outros. Já me alertaram que preciso ter malícia, mas continuo vendo o mundo de cor de rosa. Pode ser defeito, mas prefiro esse a perder a fé na humanidade.

Sei que provavelmente posso me decepcionar novamente e mesmo assim escolho correr o risco... Porque mais importante do que ser precavida é ser feliz sendo quem sou... Mesmo que isso me custe caro, provoque lágrimas e me obrigue crescer.

Eis o que preciso de verdade: perdoar. Não pelos outros, mas por mim. Aprendi da forma mais dolorosa que mágoa e rancor são armas de autodestruição, que o sofrimento é resistência e a paz reside na vulnerabilidade.

Somente pela aceitação dos fatos com compreensão das limitações do próximo, somos capazes de enxergar nossas próprias imperfeições. Isso é ser humano.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Desapego

A frase é clichê, mas acredito piamente que o que se leva da vida é a vida que se leva. Busco não me apegar às coisas pois acredito que elas existem para serem usadas.

A vida me ensinou. Nem sempre foi assim. E estou longe do meu ideal de desapego, mas acredito estar no caminho.

Não faço conta de pequenas coisas, porque são pequenas e nem me importo de emprestar nada porque se não estou usando, pode ser útil a alguém.

De coração, sempre fiz isso sem esperar nada em troca, além de amizade e respeito. E não digo isso pra me valorizar, mas porque me incomoda muito quando me deparo com pessoas egoístas.

Claro que preciso relevar e desapegar da idéia de que sou superior por perceber a disfunção da propriedade, pois dela não me libertei. Mas espero que estejamos em evolução e que nesse caminho possamos verdadeiramente compartilhar as coisas e nos unir como fazem os irmãos. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Irmandade

Quando penso em você, sinto saudade, responsabilidade, carinho, amor e conexão. Nosso elo pode ser sanguíneo, mas nossa ligação vai além desse plano.

Independente de qualquer dedicação meu sentimento permanece se expandindo e a única coisa que deseja em troca é a sua felicidade.

Você me ensinou a defender os mais frágeis, a me arrepender da vitória se traz sofrimento a outrem, a respeitar diferenças, a dividir, a aceitar que não estou no controle, a amar sem exigir recompensa, a amadurecer, a não levar a vida tão a sério e a compreender o sentido da minha existência.

Nossa pequena diferença cronológica (quase gêmeo) e nossas distintas personalidades deram origem à alteridade e união.

Compartilhamos a comida, o quarto, os brinquedos, os livros, os pais, os dias, a vida. Sou grata por dividí-los com você, o que me permitiu descobrir o amor puro que é traduzido na nossa irmandade.

Amor à primeira vista

Todos querem ser amados pelo que somos e não pelo que aparentamos ser, mas nessa busca criamos uma imagem agradável para que esse amor possa surgir. Então, agimos em oposição ao nosso objetivo e esperamos o resultado que não vem.

Amamos a projeção de felicidade que aquela relação pode nos proporcionar, mas esperamos ser compreendidos e apoiados na tristeza.

Desejamos que a atração nos dê prazer incomensurável, mas esperamos fidelidade e compromisso.

Queremos ser apoiados nos nossos objetivos, mas não calculamos o impacto das nossas decisões.

Amamos a imagem sem realmente ver através dela e o resultado está refletido em nós.

Amor exige mais que desejo, apoio, companheirismo, cumplicidade, carinho. É preciso ter coragem de ver e se expor pra enxergar a essência.

Assim o amor à primeira vista é não só possível, mas necessário, desde que o que estejamos vendo seja o verdadeiro ser que está por atrás da imagem que construímos para sermos felizes.