quinta-feira, 9 de julho de 2015

Decisão de vida

A lição é árdua, mas estou aprendendo e cada dia que a exercito, me aprimoro... Parece meio maluquice, mas acredito que podemos decidir não sofrer por um fato, seja ele qual for.

Essa história começou há quinze anos quando minha mãe faleceu. Eu e meu irmão éramos adolescentes e isso por si só já era sinônimo de rebeldia... Tanto é que eu morava "sozinha" mas planejava "fugir de casa" (tragicamente cômico, verdadeiramente compatível com a puberdade). 

Nos anos que se passaram, eu morei com meu irmão graças ao suporte do meu pai. A casa não era da mãe Joana, mas era a "mansão dos Maias" cujo lema era não ter ninguém pra estragar a festa e onde todos eram sempre bem vindos. Era bem divertida, animada, às vezes bagunçada e quase sempre barulhenta. Não era exatamente do meu jeito, mas era como tinha que ser. Então, na impotência de vencer, entrei na dança e fui feliz, muito feliz!

Minha mãe fazia muita falta, mas eu podia escolher agradecer pelo tempo compartilhado com ela ou lamentar os anos não vividos, me sentir abençoada por ter uma mãe maravilhosa ou me torturar por não ter mais mãe. Decidi pela gratidão de ter uma vida cercada por pessoas que amo, e pela certeza de que ela está comigo onde quer que eu vá.

A vida me mostrou paz quando aceitei minha falta de controle sobre ela, deixou claro que meus planos não são exatamente o melhor, e provou que o único remédio anti-decepção é redução de expectativas.

Há motivos para sorrir e chorar, mas os que sobressaem na sua história são aqueles que vc escolhe valorizar. Pare de culpar os fatos, deixe de ser vítima e aja como protagonista. Não adianta tentar se preparar para o que pode dar errado. Pense positivo, mantenha-se presente e você saberá o que fazer. 

Decida parar de sofrer, escolha motivos para ser feliz e viva plenamente.