sábado, 24 de novembro de 2018

Asas

Primeiro me disseram que havia tempestade, confusão. Era preciso decisão e então haveria paz.

Depois diante da natureza, num prédio antigo, acontecera um casamento num dia de sol.

Então vieram nuvens, que cederam lugar ao céu azul. Ao encontrar minhas asas, pude voar. E me contaram que bastava não resistir à mudança e tudo ficaria bem, que era somente o início de novo ciclo de coisas boas.

E quando olho pra hoje vejo que nada aconteceu como planejado, muito menos de forma linear, mas exatamente como deveria ser.

Fico perplexa com a complexidade do enredo da vida em que toda tentativa de controle falha e toda história projetada nunca acontece.

Hoje fica tudo que se buscava fugir. E, apesar da certeza nunca chegou, veio a coragem de admitir a diferença do erro e teimosia, sonho e devaneio, realidade e desejo.

Reconheço que o processo acontece por meios próprios e no tempo de Deus. E sou apenas um ser humano determinado a nunca desistir do amor. Especialmente o próprio.