domingo, 8 de março de 2015

Ciúme

Hoje a Inês, minha irmã do meio, pediu que eu excluísse minha foto do perfil porque nela estávamos somente eu e Izabel, a caçula. Na hora, ri. Mas ela falava sério. Estava magoada pois concluiu que eu havia a esquecido e não a amava na mesma proporção.
Isso me fez refletir como nossos atos podem ser mal interpretados e como demonstrar amar alguém pode despertar o ciúme, que o impede de ver as coisas como realmente são e por isso escrevo minha primeira carta à Inês.

Minha princesa, 

Sempre te chamo assim não porque você seja uma personagem dos contos de fadas, mas porque a sua existência torna minha experiência de vida mais próxima dessa fantasia onde homens e mulheres são seres especiais com possibilidades infinitas. 
Ao nascer, você mudou a vida não somente dos seus pais, mas a dos seus irmãos e todo o nosso conceito de família. Foi um elo que selou de uma forma indestrutível a nossa ligação.
Você não pode imaginar o quanto a amamos e muito menos o que significa na nossas vidas, mas quando crescer vai compreender melhor a imensidão desse  sentimento.
Agradeço sempre a Deus por ter a oportunidade de viver nessa família com todos seus defeitos e virtudes. Não havia nada melhor para mim neste mundo! E para você, minha irmã surpreendentemente bela, desejo toda a felicidade que vivi, viverei e a que não experimentei.
Me sinto privilegiada em ser seu exemplo e espero merecer e honrar sua inspiração!  E saiba que não há foto nenhuma capaz de demonstrar o meu amor por você ou o seu lugar na minha vida. Porque quando digo que você mora no fundo do meu coração, me refiro a um lugar onde nada nem ninguém irá ocupar, que é seu para sempre, e ele termina como em todas as histórias de princesas por ser um amor eterno e incondicional!